No Calor da Noite (1967)
País: USA, 110 minutos
Titulo Original: In the Heat of the Night
Diretor(s): Norman Jewison
Gênero(s): Crime, Drama, Mistério, Suspense
Legendas: Português,Inglês, Espanhol
Tipo de Mídia: Cópia Digital
Tela: 16:9 Widescreen
Resolução: 1280 x 720, 1920 x 1080










DOWNLOAD DO FILME E LEGENDA
PRÊMIOS
Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
Oscar de Melhor Filme (Walter Mirisch)
Oscar de Melhor Ator (Rod Steiger)
Oscar de Melhor Roteiro Adaptado (Stirling Silliphant)
Oscar de Melhor Edição (Hal Ashby)
Oscar de Melhores Efeitos Sonoros
Academia Britânica de Cinema e Televisão, Inglaterra
Prêmio de Melhor Ator Estrangeiro (Rod Steiger)
Prêmio Nações Unidas (Norman Jewison)
Círculo dos Críticos de Cinema de Nova York, EUA
Prêmio de Melhor Filme
Prêmio de Melhor Ator (Rod Steiger)
Prêmios Globo de Ouro, EUA
Prêmio de Melhor Filme - Drama
Prêmio de Melhor Roteiro (Stirling Silliphant)
Prêmio de Melhor Ator em um Drama (Rod Steiger)
Círculo dos Críticos de Cinema de Kansas City, USA
Prêmio de Melhor Ator (Rod Steiger)
Sociedade Nacional dos Críticos de Cinema dos Estados Unidos
Prêmio de Melhor Ator (Rod Steiger)
Prêmio de Melhor Fotografia (Haskell Wexler)
Prêmios Sant Jordi de Barcelona
Prêmio de Melhor Filme Estrangeiro (Norman Jewison)
Prêmio de Melhor Interpretação em Filme Estrangeiro (Rod Steiger)
Prêmios Edgar Allan Poe
Prêmio de Melhor Filme (Stirling Silliphant)
Prêmios Laurel, USA
Prêmio Laurel de Ouro de Melhor Drama
Prêmio Laurel de Ouro de Melhor Ator em um Drama (Rod Steiger)
Sinopse: Em 1968, No Calor da Noite (In the Heat of the Night, 1967) vencia o Oscar de melhor filme e, no mesmo ano, morreria o principal ativista do movimento pelos direitos dos negros, Martin Luther King. Apesar do enredo de suspense muito bem costurado, a temática verdadeira desta produção é o preconceito latente daquela época. O diretor Norman Jewison, que mais tarde faria a obra-prima Um Violinista no Telhado (Fiddler on the Roof, 1971), mistura as duas tramas – a policial e a social – de maneira orgânica, em um seguro trabalhado de direção, principalmente no que concerne aos atores, que entregam grandes composições.
O enredo é simples: em uma pequena cidade do Mississipi, um importante empresário é assassinado e, por puro preconceito, Virgil Tibbs (Sidney Poitier) é preso devido a cor de sua pele. Tratado como lixo pelos oficiais de polícia, o homem deixa todos incomodados e constrangidos ao revelar que é um detetive especialista em homicídios. O roteiro não perde tempo e logo de cara expõe as mazelas do preconceito que, naquela época, ainda era fortemente enraizado na cultura norte-americana – na verdade, persiste até hoje, mas em escala menor.
Assim, o descriminado passa a esbanjar inteligência e também capacidade quando é solicitado para auxiliar na investigação do caso, já que as técnicas de apuração de crime utilizadas na cidade são provincianas, feitas praticamente pelo achismo. O chefe de polícia Bill Gillespie é obrigado a desconstruir seu preconceito a cada situação em que percebe a qualidade de Virgil, mas reluta em aceitar a superioridade de um negro, o que acaba sendo obrigado a fazer.
A relação dos dois nunca sai do nível profissional, mas isso não impede que Gillespie possa ver o rapaz com outros olhos, a ponto de zelar por sua vida com a evidência de que poderia ser perseguido e morto por moradores locais descontentes com seu trabalho (leia-se: descontentes com a cor de sua pele). O preconceito na região do Mississipi é historicamente forte, basta lembrar de outros filmes como Mississipi em Chamas (Mississippi Burning, 1988), que mostra o estado como berço da Klu Klux Klan, organização que pregava a supremacia branca por meio de atentados contra os negros.
Em relação aos personagens, o roteiro e a direção de Jewison fazem questão de desenhar Virgil como um homem calmo, e às vezes irritantemente passivo frente aos desaforos que ouve, mas ao mesmo tempo capaz de devolver a bofetada que recebe de um branco, algo impensável para a época. E, claro, Virgil, apesar de suas qualidades como investigador, não é blindado contra erros e também se deixa levar por ideias pré-concebidas. Como é possível concluir, o preconceito tem como consequência o erro.
Já o chefe de polícia vivido por Rod Steiger compõe um estilo conservador e preguiçoso, características compreensíveis, mas pouco aceitáveis, dentro da realidade daquela pequena cidade do Mississipi na década de 60. Recompensado com o Oscar, Rod Steiger incorpora estilo e maneirismos de fala dos moradores da região.
No Calor da Noite funciona como suspense investigativo acerca do crime cometido, e o desenrolar da trama sempre traz novos elementos para a investigação de forma a seguir uma linha narrativa clara. Bom, dentro desse universo policial, o longa se sobressai graças à sua subtrama social. Se atualmente muito do comportamento mostrado é considerado inaceitável, o mesmo não ocorria na época.
Elenco: